quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Grêmio x Cúcuta

Na noite de ontem o Grêmio empatou em 0 a 0 com a equipe do Cúcuta. Ficou demonstrado mais uma vez que não existe equipe fácil de enfrentar. O Cúcuta surprendeu, mostrando om entrosamento, bons toques de bola e uma marcação muito efetiva.

Já o Grêmio apagou dentro de campo, fez uma péssima apresentação e frustrou sua torcida, que compareceu em grande número.

Grande parte deste péssimo futebol apresentado pela equipe do Grêmio esteve na escalação de seu time. Aos comentaristas profissionais que pensam que quanto mais jogadores do meio para frente mais atacante o time se torna, ontem foi a demonstração clara de que precisam rever seus conceitos.

O Grêmio ao entrar em campo com dois meio-campistas (Lucas e Diego Souza) fazendo vez de volante demonstrou que isto o tornou sem capacidade ofensiva. Estes dois o jogadores fazendo esta flutuação entre o volante e o meio-campo deixaram um enorme buraco na frente de sua dupla de zaga, expondo ao perigo os zagueiros gremistas. Fizeram com que os laterais, preocupados com este buraco, não se arriscassem ao ataque, prejudicando a parte ofensiva. A equipe ficou sem saída de bola, por nenhum dos dois jogadores ter este cacoete de sair jogando com os zagueiros. E para finalizar, desgastaram os próprios jogadores Lucas e Diego Souza, que precisavam ir e voltar constantemente e expondo ao risco jogadores de grande qualidade.

Este esquema é possível somente no Gauchão, onde o enfrentamente com as equipes adversários vem se demonstrando muito desigual.

Acredito que o Mano Menezes percebeu isto ainda no primeiro tempo, mas efetuou a mudança somente no segundo, colocando Sandro Goiano no lugar de Ramon. Desta forma conseguiu dar segurança e liberou as avançadas de Lucas ao ataque, tornando a equipe muito mais equilibrada e com maior poder de ataque.

É bom lembrar que Libertadores não é Gauchão e que comentaristas esportivos não são técnicos de futebol, se o fossem, estariam no reservado de grandes equipes brasileiras. Mano Menezes, não mude sua filosofia, que vem dando certo, por pressões de parte da crônica esportiva.

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